O escritório porto-alegrense de agentes autônomos Aling Investimentos fez parceria com a Guide Investimentos, uma das maiorias corretoras do país. O formato do contrato prevê "phantom shares", que em bom português que dizer ações fantasmas.
O escritório é o primeiro fora do eixo Rio-São Paulo a assinar este tipo de contrato com
a empresa.
A coluna ficou curiosa a respeito desse modelo de transação, ainda raro no Brasil. É uma forma de remuneração variável baseada na valorização das ações da empresa em médio ou longo prazo. Neste caso, as ações fantasmas funcionam como um incentivo financeiro ligado ao futuro IPO (sigla em inglês para oferta pública inicial) da Guide.
Pelo contrato, a Align terá direito a receber determinado quando a Guide abrir o capital na bolsa de valores, o que está planejado para entre 2023 e 2024. A quantia estará vinculada a um determinado número de ações da corretora, que poderá crescer se a empresa atingir as metas estabelecidas.
Segundo Alexandre Cassiani, líder de B2B da Guide Investimentos, a parceria reforça a importância estratégica que o Estado tem para a empresa. O Rio Grande do Sul é o segundo Estado mais relevante para a corretora, concentrando 13% dos escritórios da Guide.
No modelo que envolve as "ações fantasmas", os escritórios não se tornam sócios da Guide. Cassiani pondera que esse modelo incentiva que os escritórios "cresçam ao lado" da corretora e sejam remunerados caso a companhia atinja seus objetivos.
* Colaborou Camila Silva