Conforme fontes do setor naval, a Construtora Queiroz Galvão está em negociações para a retomada das atividades de seu estaleiro em Rio Grande.
O acordo envolveria a volta da construção de módulos navais, que ocorreria na mesma área do porto concedida à empresa no passado onde funcionou por vários anos a Quip, que depois virou QGI.
Em Rio Grande, a empresa construiu no local as plataformas de petróleo P-53, P-58, P-63, P-75 e P-77, além de parte da P-55, que foi montada no dique seco do Estaleiro Rio Grande, onde também há tentativa de recuperar atividades, já que existe infraestrutura.
Na Quip e na QGI, a Queiroz Galvão atuava em consórcio com outras empresas, como Camargo Correa, Iesa Óleo e Gás e UTC. Agora, ao menos até onde a coluna obteve informação, atuaria em formato "solo". As seis plataformas que foram feitas no auge do polo naval movimentaram ao redor de R$ 5 bilhões, com tributos ao município e ao Estado.
A atividade chegou a representar cerca de 20 mil empregos diretos, com grande envolvimento de mão de obra local, mas também especialistas de todo o país e do Exterior. A retomada, é importante ressalvar, não teria a mesma escala da época. Mas seria um importante alento para o Sul do Estado. Há expectativa de que as negociações sejam concluídas ainda neste mês, e de que o acordo possa gerar 400 empregos diretos.