A mais grave queda dos serviços de Facebook, Instagram e WhatsApp, pelo alcance econômico que essas redes assumiram na pandemia, provocou uma perda de US$ 44,9 bilhões (pelo câmbio atual, R$ 247,9 bilhões) no valor de mercado da empresa-mãe do império de Mark Zuckerberg.
As ações do Facebook caíram 4,89% na Nasdaq, a bolsa de tecnologia de Nova York. E à medida que ficava claro que o problema não seria de fácil solução, a queda se aprofundava.
Para lembrar, perda de valor de mercado é o resultado da redução entre a cotação das ações multiplicada pelo seu total. Pode, portanto, ser recuperada lá na frente.
Na história cheia de oscilações do Facebook — mais para cima do que para baixo, é bom observar — , a perda desta segunda-feira (4) não chega à metade da maior de sua história. Em 26 de julho de 2018, o que começou com o álbum digital de fotos dos alunos de Harvard havia perdido US$ 100 bilhões em um único dia.
A causa do maior tombo de uma ação em bolsa havia sido um resultado muito abaixo do esperado no segundo trimestre de 2018. O Facebook também sofreu em episódios relacionados a investigações, na Europa e nos Estados Unidos, sobre sua posição hegemônica em publicidade digital, entre outras irregularidades.
Mas se essa não é a maior perda de valor de mercado, é a mais inquietante. As últimas informações sobre as tentativas de normalização dos serviços, dadas pelo The New York Times, são de que um grupo de técnicos do Facebook foi ao centro de dados da empresa, em Santa Clara, na Califórnia, para tentar uma "reinicialização manual" dos servidores.