As piadas são boas: voltamos a usar telefone, há quem queira fazer grupo de SMS ou ressuscitar o ICQ. Mas a queda da "família Zuckerberg" — Facebook, Instagram e WhatsApp — nesta segunda-feira (4) é a mais grave da história das redes sociais.
Não só porque é longa — já são quase cinco horas — mas porque, com a pandemia, incontáveis negócios passaram a depender dessas redes sociais para sobreviver.
Durante a pandemia, mais do que apenas "sociais", foram redes de proteção para pequenos comerciantes, artesãos, cozinheiros e várias outras atividades. Agora, esse segmento depende dos contatos com clientes alimentados por essas três ferramentas para manter sua atividade. E há quase quatro horas, não podem contar com essas ferramentas.
Especialistas dizem que, por ser um serviço "gratuito" — entre aspas porque, se você não paga pelo produto, o produto é você —, as redes não podem ser responsabilizadas por falhas. Além disso, o diagnóstico predominante entre analistas é de que se trata de um ataque. E não apenas de sequestro de dados ou causador de "instabilidades", mas que fechou a porta de entrada no sistema, porque, de alguma forma, retirou o domínio na internet dessas redes.
A compreensão dessa gravidade derrubou as ações do Facebook, a empresa-mãe do conglomerado de Zuck, que comprou as outras duas. O tombo na Nasdaq, a bolsa de tecnologia de Nova York, foi de 4,89%. A situação fez o Facebook, assim como muitas pessoas, a usar o Twitter para se comunicar. No tuíte, pede desculpas pela "inconveniência" e diz que trabalha para normalizar as atividades "tão rapidamente quanto possível.