Com sede em uma região conhecida pela tradição na indústria calçadista, o Grupo Crisdu, de Igrejinha, no Vale do Paranhana, tem crescido na produção de roupas íntimas e moda fitness feminina.
Desde março de 2020, abriu 15 lojas no país e instalou uma unidade em Portugal para ampliar suas exportações.
A empresa, que recebeu Destaque Setorial do Prêmio Exportação RS, faturou US$ 8 milhões com a venda para outros países no ano passado. Para este ano, a meta é aumentar o volume de vendas ao Exterior em 50%, alcançando US$ 12 milhões.
Segundo Eduardo Perez Nogueira, CEO do Grupo Crisdu, a primeira exportação ocorreu em 2012, quando a empresa fechou uma venda de US$ 78 mil para um cliente, no mínimo, pouco convencional: o governo de Cuba. Atualmente, exporta peças para Uruguai, Equador, Estado Unidos e Portugal. E prepara a chegada de produtos a México, Panamá e Costa Rica.
— Quando a pandemia chegou ao país, estávamos bem posicionado no Exterior. Por isso, conseguimos manter nossos pedidos. Quando uma região fechava por medidas de restrição, outra abria. Não só aumentamos as vendas, como prospectamos novos mercados — detalha Nogueira.
Além de Igrejinha, a empresa tem unidades de produção em Taquara, Esteio e Três Coroas, esta aberta recentemente, após a empresa comprar a fábrica onde antes operava uma indústria calçadista. Ao todo, a Crisdu emprega cerca de mil funcionários, dos quais 70% são mulheres.
— Conquistamos a premiação por ter equipe forte e bem estruturada. Acreditamos muito no mercado externo e queremos gerar impacto no Estado. Vendemos lá fora, trazemos o dinheiro e geramos empregos no Brasil — afirma o CEO.
Mercado interno
Segundo Nogueira, durante a pandemia a empresa também se fortaleceu no mercado interno. A partir de março de 202o, a empresa viu as vendas de pijamas aumentarem. Nogueira relaciona o crescimento com o que chama de "moda home office".
— Por um lado, vimos algumas oportunidades durante a pandemia. Aproveitamos para negociar preços, abrir lojas em espaços vazios de shoppings. Por isso, abrimos 15 pontos de venda e agora estamos com 25 lojas no país. Além disso, trabalhamos com muitas revendedoras — relata.
Apesar de concentrar a produção no Estado, a maior venda de peças ocorre nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste. Por isso, a empresa planeja instalar uma fábrica no Pará, para gerar emprego e renda para mulheres da região e facilitar a logística.
* Colaborou Camila Silva