Pouco mais de dois anos depois de desembarcar em Porto Alegre com sua proposta de aluguel sem seguro-fiança nem cartório, a Quinto Andar anda mais uma casa na capital gaúcha: nesta segunda-feira (10), começa a cadastrar imóveis para atuar na compra e venda.
Conforme o gaúcho Arthur Malcon, líder de compra e venda da Quinto Andar, afirma que neste momento, a imobiliária digital fecha 30 negócios por dia, atuando apenas em São Paulo, Rio e Belo Horizonte. e tem 50 mil imóveis em estoque.
— Somos a maior imobiliária do segmento de imóveis usados — diz Malcon.
Depois de discutir muito sobre entrar ou não nesse novo segmento, a decisão foi tomada no início de 2020, quando a pandemia aumentou o volume de negócios no mercado imobiliário. E o Quinto Andar surfou na onda, diz o executivo:
— Tínhamos expectativas muito altas para o primeiro ano, mas o resultado superou as expectativas.
Segundo Malcon, há sinergia entre aluguéis e compra e venda. Quem aluga, às vezes pensa em vender, e isso cria fluxo entre as duas pontas de atuação. No caso dos aluguéis, o diferencial da Quinto Andar — dispensa de cartório, fiador, seguro-fiança ou caução — acabou revolucionando o mercado, com várias imobiliárias tradicionais aderindo ao modelo. A coluna quis saber como vai fazer a diferença no segmento de compra e venda.
— Vamos replicar a capacidade de simplificar o processo. Um dos pontos importantes é o da segurança, porque envolve mais dinheiro. Toda a compra e venda ocorre na plataforma, de ponta a ponta. Cuidamos da transparência, dos registros e matrículas. E também intermediamos o pós-contrato, até a entrega da chave. Se o cliente precisar, ajudamos a identificar a melhor opção de financiamento para ele.
O processo de compra e venda de um imóvel pelo QuintoAndar dura cerca de 50 dias, segundo a empresa, ante até 420 dias no modelo tradicional e média de 90 dias em outras plataformas imobiliárias. Alguns dos complicadores são a falta de informações sobre a situação legal do imóvel e dificuldade e burocracia para obter a documentação necessária.
— Decidimos entrar em Porto Alegre agora por sua relevância nesse mercado. É a primeira capital fora do Sudeste e onde nossa operação de locação roda muito bem. Fica mais fácil de entrar com compra e venda se já existe base — diz Malcon.