A cotação já desendava desde que a Tesla do bilionário Elon Musk anunciou que não aceitaria mais bitcoins como pagamento de seus carros elétricos.
Mas a bolha estourou, mesmo, com a proibição do uso de qualquer cripotomoeda na China, com exceção, claro, do seu ciber yuan.
Ainda na madrugada desta quarta-feira (19) no Brasil, o Banco do Povo da China, equivalente ao banco central, determinou que instituições financeiras e meios de pagamentos não usem criptomoedas. A justificativa é visível a olhos nus: o alto nível de especulação dessas denominações. Conforme o BC chinês, moedas digitais não podem ser usadas como forma de pagamento porque não são "reais".
É um argumento tão velho quanto o alegado por Musk para tirar o pé do bitcoin, a falta de sustentabilidade energética da criptomoeda, fartamente conhecida há pelo menos cinco anos. A "irrealidade" das criptomoeda, tecnicamente falando a sua falta de lastro, é inerente à própria concepção.
O tranco da China fez com que a cotação do bitcoin caísse abaixo de US$ 40 mil (US$ 38,65 mil no final da tarde desta quarta-feira). Ficou bem perto do fechamento de 2020. Há pouco mais de um mês, em 14 de abril, havia alcançado US$ 62,62 mil. Isso significa que perdeu cerca de 38% em pouco mais de 30 dias. Era cilada? Pode não ter sido. Mas era bolha. A coluna alertou.