Levantamento do Sindicato de Hospedagem e Alimentação de POA e Região (Sindha) com 52 empresas do ramo da gastronomia que se mantiveram em operação na pandemia mostra que 78% demitiram desde o início das restrições impostas pela covid-19.
Somente 21% conseguiram manter o quadro de pessoal pré-pandemia. A redução no número de funcionários dessa amostragem foi de 46%, ou seja, quase a metade dos ocupados no segmento perdeu emprego e renda.
- Esse número mostra o quão afetado foi o setor. É uma situação calamitosa, os empresários tiveram de andar na corda-bamba para conseguir manter a atividade - avalia o presidente do Sindha, Henry Chmelnitsky.
O levantamento também apontou que 84% suspenderam contratos por meio do Benefício do Programa Emergencial em 2020. A retomada dessa alternativa, que inclui redução de jornada e de salários, é vista como alternativa para 65,4% das empresas entrevistadas manterem o emprego dos funcionários neste ano. Mas 19% dos entrevistados afirmam que ainda terão que demitir funcionários nos próximos dois meses.
Caso o governo não ofereça apoio financeiro de imediato, afirma Chmelnitsky, 51% dos estabelecimentos terão de demitir seus colaboradores nos próximos dois meses, e 88% terão de se endividar para pagar as verbas rescisórias dessas demissões.