Agora só faltam quatro semanas para começar a funcionar no Brasil, em 16 de novembro, uma novidade que permite pagar ou receber dinheiro pelo celular em até 10 segundos. Não vai custar nada, na maioria dos casos. É o o sistema de pagamentos instantâneos eletrônicos do Banco Central (BC) Banco Central, que se chama Pix.
No entanto, uma sondagem realizada pela TV Globo mostrou que só 37% dos brasileiros já ouviram falar e menos gente ainda, só 13%, sabe do que se trata. No dia 5, o começo do cadastramento para usar essa ferramenta chegou provocar problemas no uso de aplicativos de bancos, mas especialistas avaliam que isso não volte a acontecer. A coluna tenta dar sua contribuição para elevar o percentual de conhecimento sobre essa ferramenta.
O que é o Pix?
É um sistema para enviar e receber valores, criado para substituir as formas atuais de enviar dinheiro a alguém, como DOC e TED. Não é de uma empresa privada, mas do Banco Central, um órgão do governo. Cada um vai usar onde preferir: no banco ou em pequenas empresas de finanças, as chamadas fintechs. Vai funcionar 24 horas por dia, sete dias por semana e completa a operação em até 10 segundos.
Como se usa?
A partir de 16 de novembro, vai estar funcionando nos aplicativos ou no sites bancos e fintechs. Será como fazer uma transferência, só que mais rápido, sem limite de horário e, na maioria dos casos, grátis. Serve para enviar dinheiro para a conta de um parente ou até para pagar um compra.
Precisa ter conta em banco?
Não, há várias empresas de finanças, as fintechs, que vão oferecer o serviço. Mas será necessário fazer um cadastro e ter o dinheiro depositado em uma dessas empresas para poder fazer pagamentos.
Precisa ter cadastro?
Não é obrigatório, mas ter um registro torna a operação mais rápida, porque não precisa preencher dados a cada vez que envia ou recebe dinheiro. Desde o dia 5 de outubro, bancos e fintechs estão cadastrando o que chamam de "chaves", que podem ser CPF, número do celular ou e-mail. Se a pessoa prefere não informar esses dados, pode usar uma "chave" que o app sugere, mas será daquele tipo cheio de números e letras, difícil de decorar.
Como se cadastrar?
É só entrar no site ou no aplicativo do seu banco ou de sua empresa de finanças e procurar por "Pix". Na maioria dos casos, é só seguir a ordem em que as opções aparecem, confirmando ou rejeitando a "chave" preferida. Se aparecer "CPF" e você preferir usar outra, é só recusar esta que a próxima aparece.
Tem risco de golpe?
Tem, principalmente se forem usados links recebidos para fazer o registro. Por isso, é importante entrar direto no site ou no aplicativo que você costuma usar para lidar com seu dinheiro. Depois, vai ser preciso prestar bastante atenção, porque uma das formas de enviar e receber pagamentos será o envio de links clicáveis, mas isso vai ocorrer dentro do app ou do site de internet banking.
É obrigatório?
De jeito nenhum. Se você não costuma fazer esse tipo de pagamento, pode ficar sossegado e não se estressar com o Pix. Se prefere pagar mais, mas manter as opções mais tradicionais, como DOC e TED, também não. Mas é bom ficar preparado para o fato de que há tendência de ampliação gradativa do uso desse tipo de tecnologia, com custo mais baixo.
Então por que os bancos insistem tanto que é preciso se cadastrar?
Porque um dos papéis do Pix é ajudar a democratizar o mercado bancário no Brasil. Se o cliente registra uma chave em determinada instituição financeira, presume-se que vá operar com esse banco ou fintech. Nesse momento, o interesse dos bancos é "segurar" os clientes.