Depois do susto com a suspensão do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe)., no dia 22 de setembro, o Banrisul retomou a s operações com essa linha de crédito.
O Ministério da Economia cumpriu a promessa de levantar a suspensão rapidamente, mas a demanda pelo empréstimo com taxa anual de 3,25% (Selic mais 1,25%) é menor do que a esperada, disse à coluna o presidente do Banrisul, Claudio Coutinho.
Em tese, o banco estadual ainda teria limite ao redor de R$ 485 milhões para emprestar pelo Pronampe, porque até agora só consumiu R$ 245 milhões dos R$ 730 milhões que havia recebido. Coutinho observa, porém, que se o valor geral da segunda fase for consumido, o Banrisul será obrigado a rejeitar novos pedidos. O Pronampe se destina a microempresas e empresas de pequeno porte com faturamento de até R$ 4,8 milhões por ano. Tem prazo de pagamento de 36 meses e carência de oito meses.
Segundo Coutinho, tem aumentado a demanda por outra linha de financiamento, a do Programa Emergencial de Acesso ao Crédito (Peac), destinada a empresas maiores, com receita bruta em 2019 entre R$ 360 mil e R$ 300 milhões. Apesar de ter juro quase quatro vezes maiores (o máximo é de 1% ao mês), ainda é mais barata do que as opções tradicionais do mercado. Uma das mudanças que provocaram o aumento da procura foi o Peac Maquininhas, que é garantido por parte das vendas futuras feitas no cartão. O prazo de pagamento de até 60 meses é outro atrativo da modalidade, diz o presidente do Banrisul.
Ainda há expectativa de uma terceira fase, que liberaria mais cerca de R$ 11 bilhões em todo o país, por meio da transferência de saldos de outra linha de crédito, chamada Programa Especial de Sustentação de Empregos (Pese). Como essa modalidade teve baixíssima procura, existe um saldo. Há uma articulação no Congresso para permitir essa alternativa, na qual um dos projetos é do senador gaúcho Luis Carlos Heinze (PP).