Desde terça-feira, o programa de crédito mais bem-sucedido do governo Bolsonaro está suspenso. Até o último dia 10, o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) teve 22,9 mil operações e liberou R$ 1,01 bilhão no Estado.
A coluna foi checar se ainda havia disponibilidade de recursos no Banrisul, porque em vários outros bancos a segunda fase também se esgotou, e recebeu a seguinte resposta:
"Na segunda fase do Pronampe, o Banrisul registrou mais de 8 mil operações aprovadas, totalizando R$ 231,7 milhões. O Banrisul informa que, por decisão da Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, foram suspensas temporariamente as contratações das operações no âmbito do Pronampe."
A coluna consultou a secretaria para entender as razões da suspensão, mas ainda não obteve retorno. Na maioria dos bancos, os R$ 12 bilhões liberados para a segunda fase do Pronampe se esgotaram em uma semana. Na Caixa Econômica Federal, duraram pouco mais de 15 dias.
Só no Banrisul, que havia recebido limite de R$ 730 milhões, mais do que o dobro do valor recebido na primeira fase, de R$ 355 milhões, ainda havia disponibilidade de R$ 498,3 milhões. O banco havia limitado cada operação a R$ 100 mil para permitir que a linha de crédito mais barata disponível durante a crise chegasse a mais empresas.