O jornalista Leonardo Vieceli colabora com a colunista Marta Sfredo, titular deste espaço.
A proximidade que existia antes do coronavírus ajudou prestadores de serviços a manter vínculos com clientes durante a pandemia. Essa é a conclusão de uma pesquisa coordenada pela UFRGS. O estudo reflete a realidade de 538 consumidores brasileiros.
Segundo o levantamento, 53% dos clientes não mantiveram vínculos com prestadores de serviços durante o isolamento social. Enquanto isso, 27% continuaram apenas com a relação financeira com os profissionais. Ou seja, pagaram pelos serviços, sem usufruir deles. Por fim, 20% mantiveram os dois tipos de ligação: desembolsaram dinheiro e foram atendidos de forma virtual.
Na visão dos responsáveis pela pesquisa, os números sinalizam que, quanto mais forte havia sido a relação antes da pandemia, maior foi a probabilidade de os vínculos permanecerem no período de isolamento. Isso sublinha a importância de se desenvolver um bom relacionamento com os consumidores, indica o levantamento.
Os serviços mais citados foram de academia, limpeza, estética/salão de beleza e terapia/psicólogo.
A pesquisa foi coordenada pelo Grupo de Estudos em Marketing de Serviços da UFRGS, vinculado à Escola de Administração. Para cada questionário preenchido, R$ 1 foi doado para compra de alimentos a pessoas em vulnerabilidade social em Porto Alegre. As entrevistas ocorreram entre 11 e 17 de abril.