Espécie de grife global das consultorias empresariais, a McKinsey decidiu abrir um escritório em Porto Alegre no final do ano passado. Sérgio Canova Jr, que havia saído da Capital para cursar o Instituto Militar de Engenharia (IME), no Rio, entrou para a empresa assim que se formou e acabou ficando lá por 19 anos, foi o escolhido para comandar a unidade local. Mudou-se no final de 2019, e começa a procurar um local quando as restrições impostas pela pandemia obrigaram a interromper a busca.
Há alguns anos, a McKinsey mantinha profissionais morando no Estado e focados no Sul, mas ainda não tinha dado o passo rumo a um escritório físico. Segundo Canova, o objetivo é atender melhor aos clientes, assim como conquistar novos, é claro. Uma das características da consultoria é não informar o nome dos clientes. Mas o executivo afirma:
— Nos últimos cinco anos, atendemos 10 das 30 maiores companhias da região em faturamento. Nosso objetivo é chegar a 30 de 30.
Por ser uma gigante global, a McKinsey faz estudos que são considerados na definição de políticas públicas, como ocorreu no Rio Grande do Sul a partir da adoção da estratégia de distanciamento controlado. Costuma atender a empresas com faturamento anual mínimo de R$ 500 milhões. Segundo Canova, o cliente tem de ter certo tamanho porque a "firma". vive de sua reputação:
— O pior é servir o cliente e ter percepção de que não houve resultado condizente com o esperado, e para ter essa condição é preciso certo tamanho.
Depois do intervalo forçado, Canova relata que já está em contato com a área imobiliária da consultoria para retomar a busca por um escritório em Porto Alegre.
— A McKinsey tem tradição de abrir o que chamamos de 'escritórios de fronteira'. Quando compara com competidores, é sempre o primeiro a abrir em qualquer lugar novo. Vemos como vantagem ser o primeiro a chegar. Acreditamos no potencial da região, que tem economia muito diversificada, apesar do peso maior de alguns setores, como agronegócio e indústrias automobilística e metalmecânica — afirma Canova.
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