Era previsível que, diante das incertezas geradas pela pandemia, caísse o nível de confiança, essencial para a economia girar. Mas uma prévia extraordinária das sondagens da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE) mostra tombos mais fortes do que se poderia projetar. Com dados coletados até o dia 13 deste mês, constata fortes quedas nos índices de confiança em abril de 2020.
Em relação ao número final de março, o Índice de Confiança Empresarial (ICE) recuaria 27,6 pontos, para 53,7 pontos. Já o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) cairia 22,1 pontos, para 58,1 pontos. Em ambos os casos, os resultados preliminares da sondagem extraordinária representariam os menores níveis da série histórica.
O Índice de Confiança Empresarial (ICE) consolida os índices de confiança dos quatro setores cobertos pelas Sondagens Empresariais produzidas pela FGV IBRE: Indústria, Serviços, Comércio e Construção.
A queda da confiança em abril decorre da piora da percepção dos empresários e consumidores tanto em relação à situação atual quanto à dos próximos meses. O índice que retrata a situação corrente dos negócios (ISA-E) recuou 29,4 pontos, para 62,2 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE-E) despencou 39,7 pontos, para 48,2 pontos.
Houve forte recuo da confiança em todos os quatro grandes setores integrantes do ICE, em todos os 49 segmentos que o compõem. Entre os consumidores, o índice que mede a percepção sobre a situação atual cairia 10,8 pontos, para 65,3 pontos, enquanto o que capta as perspectivas para os próximos meses teria uma redução de 29,1 pontos para 54,8 pontos.