Um suspeito de participação no atentado que matou o general Igor Kirilov, chefe das Forças de Defesa Nuclear, Biológica e Química da Rússia, foi preso nesta quarta-feira (18), informou o Comitê de Investigação russo, de acordo com informações da agência de notícias Reuters publicadas pelo G1.
Segundo a Reuters, o comitê afirmou que o suspeito preso é um homem nascido no Uzbequistão. Ele disse aos investigadores que foi recrutado pelos serviços de inteligência ucranianos.
A explosão, que também matou um assessor do general, aconteceu em Moscou. De acordo com o Comitê de Investigação russo, uma bomba foi colocada em uma scooter estacionada perto da entrada de um imóvel residencial. O suspeito teria implantado a bomba.
O artefato explosivo foi ativado à distância e tinha cerca de 300g de TNT, reportou a agência estatal russa Tass. A explosão, ocorrida quando Kirillov deixava o edifício, danificou a entrada e várias janelas dos apartamentos.
Ucrânia por trás do atentado
Uma fonte do Serviço de Segurança da Ucrânia, o SBU, confirmou à Reuters, ainda na terça, que a agência de inteligência ucraniana está por trás do ataque. Fontes da BBC nos serviços de segurança ucranianos também afirmaram que o país está por trás da operação.
O ataque foi o primeiro que teve como alvo uma autoridade russa desde o início da guerra, em fevereiro de 2022. O SBU já havia acusado Kirillov de usar armas químicas proibidas durante a invasão militar russa em território ucraniano, que começou em fevereiro de 2022.
Segundo a Reuters, a imprensa ucraniana também credita à Ucrânia o ataque que matou o general russo. O governo ucraniano ainda não se manifestou oficialmente sobre o caso.
O SBU afirma que registrou mais de 4,8 mil usos de armas químicas no campo de batalha desde o início da guerra, especialmente granadas de combate K-1.
Em maio, o Departamento de Estado dos Estados Unidos também afirmou que havia registrado o uso de cloropicrina, arma química utilizada pela primeira vez na Primeira Guerra Mundial, contra as tropas ucranianas.