Com cerca de 160 lojas no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, a rede de lojas Lebes não tem medo de desabastecimento devido ao nó na produção chinesa provocado pela epidemia de coronavírus. No entanto, seu presidente, Otelmo Drebes, relatou à coluna que já há pressões por reajustes de preço, especialmente de produtos eletroeletrônicos. Conforme o empresário, são aumentos entre 3% a 5%.
– É mais por especulação do que por escassez real, mas isso já está acontecendo. Eles tentam, a gente tenta não aceitar, mas entre não ter e subir, acaba aceitando – descreve.
Na avaliação de Drebes, não há risco real, no momento, de desabastecimento de produtos finais no mercado por dificuldades na cadeia de suprimento global. Fábricas ficaram paradas na China por semanas, e alguns segmentos sentem a falta de componentes, como é o caso de indústrias eletroeletrônicas do Rio Grande do Sul.
– Se faltar de um fornecedor, vamos buscar em outro. Como temos bom relacionamento com os fornecedores, podemos dizer que, se houver problemas, nossa rede terá menos dificuldades – afirma.
Na Lebes, 20% de produção de confecções é própria, suprida por uma unidade localizada em São Jerônimo. Mesmo assim, a rede busca suprimentos na China, como a grande maioria do varejo nacional. Funcionárias da loja estão com viagem marcada para maio para o país onde o coronavírus se originou. Até agora, assegura o empresário, a orientação é manter os planos. Só será suspensa se existirem sinais de risco às vésperas da visita, garante.
Na próxima semana, a Lebes terá, em Porto Alegre, um lançamento exclusivo da nova linha de celulares da Samsung. A companhia coreana vai mostrar em primeiro lugar no Estados nas lojas da rede seu S20, anunciado em meados de fevereiro como um smartphone premium com preço estimado em US$ 1,4 mil.