A indústria eletroeletrônica é um dos segmentos mais afetados pelo impacto econômico do coronavírus. Como muitos componentes são importados da China, onde as fábricas estão paradas desde o final de janeiro, primeiro pelo feriado de Ano Novo no país asiático, depois para evitar contágio. Apesar de sucessivas tentativas, a produção chinesa ainda está longe da normalização. Em empresas como a Exatron Indústria Eletrônica, o efeito aparece nos estoques, que tem áreas vazias que deveriam estar cheias, e no ritmo da produção, que teve de ser reduzido à espera da chegada de insumos, como mostra o vídeo abaixo.
Segundo a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), no segmento o volume importado da China representou quase metade (42%) do total em 2019. Outros países asiáticos, que também dependem de fornecedores chineses, respondem por mais 38% das compras da indústria eletroeletrônica brasileira no Exterior. Neste vídeo, Régis Haubert, diretor da Exatron, detalha o tamanho do impacto nas linhas de produção.Caso a produção chinesa se normalize nesta semana, como sinalizou o governo do país, Haubert estima que ainda vai levar de 30 a 60 dias para que as fábricas consigam colocar a produção em dia. Depois disso, ainda serão necessários 15 dias, se vieram por avião, ou 60 dias, caso sejam transportadas por navio, para que os componentes cheguem ao Estado.
*Colaborou Camila Silva