O jornalista Leonardo Vieceli colabora com a colunista Marta Sfredo, titular deste espaço.
O desempenho do setor de serviços, das vendas do comércio varejista e da produção industrial em 2019 reforça a leitura de que a economia apresenta retomada lenta e ainda não uniforme. Isso significa que parte dos segmentos coleciona sinais de alívio, enquanto outra parcela ainda patina.
Nesta quinta-feira (13), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o volume do setor de serviços no país avançou 1% no ano passado. O Rio Grande do Sul foi na contramão, com baixa de 1,8%, influenciada por atividades como as de transporte.
Na indústria, segundo dados divulgados pelo instituto neste mês, a produção subiu no Estado (2,6%), mas caiu na média nacional (-1,1%). O recuo no país reflete baixas robustas em ramos como o extrativo, abalado pelo desastre de Brumadinho (MG).
No varejo, tanto o Brasil quanto o Rio Grande do Sul ficaram no azul, com altas de 1,8% e 1,5%. Fatores como inflação e juro baixo, além da liberação de saques do FGTS, ajudaram as vendas do comércio, explica o economista-chefe da CDL Porto Alegre, Oscar Frank.
— Dados referentes a 2019 mostram que o ano foi de recuperação lenta, gradual. Indicadores que combinam leves altas e alguns recuos sinalizam isso — aponta.