No dia seguinte à maior onda de aversão ao risco dos últimos anos no mercado financeiro internacional, as bolsas europeias encontraram espaço para novas perdas, mas em dimensão muito inferior à da véspera. No fechamento, fecharam perto das mínimas do dia, quase todas com perdas de quase 2%.
Londres e Paris tiveram as maires baixas, de 1,94%, Frankfurt recuou 1,88% e Milão, que ontem teve o maior tombo, de 5,43%, nesta terça-feira (25) freou as perdas em 1,44%. Ainda houve tombos significativos na Ásia, com queda de 3,34% em Tóquio, que já fechou negociações, e 0,22% em Xangai. Mas a bolsa da Coreia do Sul, onde a Samsung anunciou a paralisação de uma unidade, reagiu com ligeiro avanço de 0,27%. Ainda que diminuto, até agora é um oásis azul em meio à maré vermelha que ainda domina os índices de ações pelo mundo. No Brasil, a bolsa segue fechada até as 13 de Quarta-Feira de Cinzas (26).
Na véspera, as principais bolsas sofreram forte impacto devido ao surgimento de novos surtos de coronavírus fora da China, especialmente na Itália. Na Europa, índices tiveram a pior queda desde 2016 e o ouro, ativo de segurança, foi ao maior patamar desde 2013. O comportamento dos mercados associa a disseminação do contágio a redução do crescimento global.
Depois do fechamento do mercado americano na segunda-feira (25), o respeitado banco de investimentos Goldman Sachs anunciou ter reduzido a projeção de alta no PIB dos Estados Unidos para este trimestre de 1,4% para 1,2% (o dado se refere à comparação com igual período de 2019). Nesta terça (25), as bolsas de Nova York abriram com discreto avanço, mas após os primeiros minutos de operações, também mergulharam no vermelho. O índice Dow Jones Industrial, o mais tradicional da Nyse fechou mais um dia em forte queda, com 3,15%.