Depois de ter encostado em R$ 4,30 depois do fracasso dos leilões de áreas do pré-sal e declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes, o dólar volta a se aproximar do patamar de R$ 4. Como tem recuado sucessivamente, embora em doses homeopáticas, pode voltar a ficar abaixo desse patamar ainda nesta semana. Nesta segunda-feira (16), a cotação da moeda americana fechou em R$ 4,058.
No mercado financeiro, depois das mais recentes turbulências relacionadas aos comentários de Guedes de que o dólar ficaria alto e os juros, baixos, "por um bom tempo", a tensão vem diminuindo. O risco Brasil medido por instrumentos financeiros chamados Credit Default Swaps (CDS) já testou patamar abaixo de 100 pontos-base duas vezes, na última sexta e nesta segunda-feira (16).
Na semana passada, a agência de avaliação de crédito Standard & Poor's melhorou a perspectiva da nota de risco do Brasil de "neutra" para "positiva". Isso significa que é mais provável uma elevação do conceito, atualmente em BB+. Desde que o Brasil perdeu a nota em grau de investimento, que corresponde a um selo de bom pagador de suas dívidas, não havia tido nota elevada.
Essa melhora específica de dois indicadores de risco do Brasil coincide com a expectativa de acordo na guerra comercial entre Estados Unidos e China. Embora ainda haja muito ceticismo sobre o alcance do acerto, o fato é que não houve aplicação de novas sobretaxas de ambos os lados, como estava previsto. Isso fez com que o nível de incerteza global diminuísse, embora não de forma significativa.