No calor da apresentação das regras previstas no pacote de medidas para equilíbrio das finanças públicas, o secretário especial da Fazenda, Waldery Rodrigues, afirmou que a "inclusão das despesas com pensionistas no limite de despesas com pessoal" (veja abaixo como constava na apresentação oficial elaborada pelo ministério, com grifo da coluna) nem chegará a ser enviada ao Senado.
Diante da confusão dos repórteres, Waldery explicou que haveria várias versões da proposta, e que ameaçava os investimentos em saúde e educação, acabou não prevalecendo. Evitou detalhar, porém, porque constavam inclusive no resumo distribuído à imprensa e ao mercado pelo Ministério da Economia.
Além de ter potencial de reduzir drasticamente os investimentos nas duas áreas, a medida contrariava o discurso de concentrar esforços do poder público em áreas fundamentais de atendimento para o poder público. No entanto, está mantida outra medida, anunciada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, que unifica os limites mínimos de gastos nos dois setores, para que cada ente federativo decida em qual usar mais recursos.