Prevista para se estender até sexta-feira, a greve dos petroleiros foi encerrada ontem. Hoje, os funcionários da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), de Canoas, já trabalham normalmente. Conforme o presidente do Sindipetro-RS, sindicato local da categoria, Fernando Maia da Costa, diante das decisões do Judiciário desfavoráveis à categoria, a decisão foi "arrefecer" o movimento para "retomar no momento seguinte".
A decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST),
válida para todo o país, foi de multar a Federação Única
dos Petroleiros (FUP), que reúne os sindicatos locais, em R$ 2 milhões por dia de paralisação.
– Já estamos multados, vamos recorrer. Nossa avaliação é de o Judiciário está atuando de forma desproporcional. A Petrobras não tem aberto diálogo, só busca a via judicial. Procurou conversação em período anterior à greve, mas não fomos atendidos.
Além do descumprimento de cláusulas do acordo coletivo firmado entre a Petrobras e a categoria, o Sindipetro-RS aponta como causa da greve o temor de desemprego suscitado pela privatização da Refap. Na avaliação do sindicato, também pode haver perdas para o Rio Grande do Sul, em royalties e redução de arrecadação de ICMS, dependendo da forma como a futura compradora operar a refinaria.