No país em que os indicadores se movem em torno do zero, o avanço de 0,8% na produção industrial em agosto representa um salto. O ritmo das fábricas ainda está descompassado: só 10 dos 26 segmentos pesquisados pelo IBGE tiveram reação e, nos oito meses do ano, há queda acumulada de 1,7% ante o período de janeiro a agosto de 2018. Ainda assim, é um alívio. Confirma a boa expectativa para o terceiro trimestre, depois da tensão da volta da recessão.
Embora não tenha a maior queda acumulada no ano, a indústria extrativa ainda sente o efeito da tragédia de Brumadinho e acumula perda de 10,7%. Dos 805 produtos aferidos pelo IBGE, 55,2% ainda estão com desempenho negativo no período. Entre os que registram resultados positivos, o maior peso vem da alta de 2,1% em veículos automotores, carrocerias reboques, que literalmente, "puxa" vários segmentos de fornecedores.
Para o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento da Indústria (Iedi), que costuma ser muito cético sobre avanços pontuais, agosto marca a interrupção de "uma sequência de resultados negativos que havia gerado uma variação acumulada de -0,9% da produção industrial entre maio e junho. A alta de +0,8% compensou praticamente a integralidade desta perda".
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