Já estão mapeadas, na Secretaria de Ciência e Tecnologia, as principais áreas potenciais nas maiores regiões do Estado. A nova estratégia de desenvolvimento do Piratini tem foco na economia do conhecimento. O secretário Luis Lamb, ex-diretor do Instituto de Informática e ex-pró-reitor de Pesquisa da UFRGS, lembra que a nova economia se baseia na inovação e na criatividade, áreas em que o Estado tem muitas iniciativas, mas sem articulação.
Na avaliação da secretaria, o Estado já tem polos especializados em pesquisa e desenvolvimento: na região de Passo Fundo e Erechim, agro e saúde, na Fronteira Oeste, agro, no Sul, pecuária, logística e energia, em Santa Maria, defesa e saúde, em Caxias, metalmecânica, em Santa Cruz do Sul, alimentos e energia, em Porto Alegre, fintechs, saúde e robótica.
– O Estado prepara excelentes profissionais nas universidades. Muitos vão para o Exterior, e não há o menor problema com isso. Só queremos que possam voltar e, na medida do possível, abrir o Estado para quem também vem de fora, para mostrar que o Rio Grande do Sul é um polo da economia do conhecimento – afirma o secretário.
Especializado em inteligência artificial, Lamb confirma que a articulação de universidades, grandes empresas e startups que norteou o projeto da Aliança para Inovação – que já começa a gerar efeitos práticos –, será uma das inspirações para o Estado desenvolver seu projeto. O secretário avalia que, para sua aplicação, dinheiro certamente ajudará, mas o essencial é a articulação. E propõe:
– É importante ter um ecossistema único, formado por muitos pontos de cooperação em rede. O Rio Grande do Sul é uma espécie de laboratório brasileiro sobre envelhecimento da população, porque o fenômeno aqui se caracteriza antes. O Estado está entre os quatro primeiros colocados em produção e pesquisa nas áreas metalmecânica, de saúde e de automação. Por que não juntar todos e desenvolver um projeto de tecnologia assistiva, com camas autônomas?