A Eletrobras pretende finalizar ainda neste ano o processo de incorporação da Eletrosul pela CGTEE. A unificação das duas empresas tem como norte ter uma operação mais eficiente, com ganhos de escala e redução de custos. E segue a lógica de fazer a fusão de subsidiárias da estatal que atuam na mesma região.
Embora os detalhes ainda não sejam conhecidos, a opção de formalmente a CGTEE incorporar a Eletrosul é atribuída a vantagens tributárias. A primeira, sediada em Porto Alegre e dedicada à geração térmica, é bem menor do que a segunda, localizada em Florianópolis e dona de usinas e linhas de transmissão. Para viabilizar o processo, a Eletrobras vai sanear financeiramente a CGTEE, pagando suas dívidas.
Vários pontos, porém, ainda não estão definidos. Não se sabe onde será a sede da nova companhia, nem o nome, mesmo que o CNPJ que vá sobreviver seja o da CGTEE, que tem como principal ativo as usinas a carvão em Candiota, no Sul gaúcho.
Juntas, as duas empresas terão um parque gerador (térmico, hidrelétrico, solar e eólico) de 2,2 mil megawatts (MW), além de 12 mil quilômetros de linhas de transmissão. A companhia terá ainda 1,5 mil funcionários.
Segundo a Eletrobras, a operação que surgirá com a incorporação terá vantagens como "a expansão otimizada e sustentável dos diversos segmentos de atuação das empresas como geração, transmissão e comercialização de energia elétrica". A previsão é de que, com saúde financeira renovada, a empresa consiga, no primeiro ano, aumento de receita e lucro.