No início do mês, a inauguração da nova sede da Schroders, gestora de recursos que administra cerca de US$ 600 bilhões, teve a presença da rainha Elizabeth II. Como a soberana, especialmente aos 92 anos, não vai a toda solenidade desse tipo, sua presença foi interpretada como um sinal de apoio às empresas que permanecem na City (equivalente londrino da Wall Street americana) a despeito do Brexit.
Muitas companhias do setor financeiro anunciaram saída ou se retiraram da cidade após o Reino Unido ter aprovado a saída da União Europeia. A família que criou a empresa, em 1804, tem origem alemã, daí o nome. Ontem, dois executivos da Schroders estiveram em Porto Alegre, em reuniões no Sicredi, cliente de um dos fundos da gestora, que captou nada menos de R$ 25 milhões neste ano.
– Atuamos no meio do mercado, entre os bancões e as pequenas butiques de investimento – descreve Daniel Celano, diretor nacional da Schroders, detalhando que a empresa aloca cerca de US$ 3 bilhões no mercado de capitais brasileiro.
Pablo Riveroll, mexicano que responde pela estratégia de investimentos para a América Latina, detalha que, em 2016, quando tudo parecia dar errado por aqui, a Schroders aumentou sua exposição ao Brasil e segue o considerando "um dos melhores países emergentes para investir".