Ainda em clima eleitoral, depois que duas pesquisas mostraram ampla vantagem do candidato Jair Bolsonaro (PSL), o mercado financeiro tem novo dia de reação positiva. No meio da manhã, o dólar chegou a ser cotado abaixo de R$ 3,70. Encostou em R$ 3,696 por volta de 10h30min, mas em 20 minutos voltou a trafegar acima desse piso informal. No final da manhã, ensaiava um novo recuo, o que abre a possibilidade de fechar abaixo da barreira psicológica dos R$ 3.70.
A bolsa de valores também tem alta significativa, de 1,8%, desta vez acompanhando uma forte reação de Nova York, que sobe mais de 1% depois de dias de turbulência provocados por preocupação com a necessidade de elevação maior do que a prevista na taxa de juro nos EUA e ameaças de retaliação feitas por Donald Trump à Arábia Saudita em resposta ao assassinato do jornalista Jamal Kashoggi no consultado saudita em Istambul, na Turquia.
Apesar de não se descolar da referência, a bolsa evidencia o clima eleitoral que move investidores e especuladores com altas muito acima da média das três estatais que compõem o chamado "kit eleições". As ações da Eletrobras, que enfrentaram forte tombo depois de declarações de Bolsonaro sobre restrições à privatização da área de geração, sobem 3,53%, as da Petrobras avançam 2,56% e as do Banco do Brasil têm alta de 2,92%. Chama atenção, ainda, a subida nas ações da Smiles e da Gol (ambas em torno de 7%), depois do afundamento no valor dos papéis da empresa de milhagem no dia anterior.