Delação sem efeito
A semana começou com o levantamento do sigilo de trecho da delação do ex-ministro Antonio Palocci, sobre a qual pairava grande temor, dada a proximidade do petista da elite empresarial. Como a parte revelada não trazia grandes novidades, não provocou temidos efeitos de desestabilização no mercado.
Exuberância irracional
O mercado financeiro se manifestou com altas na bolsa e baixas no câmbio em reação a pesquisas que apontaram avanço de Jair Bolsonaro (PSL). O dólar caiu abaixo de R$ 4 na segunda-feira e não voltou a cruzar essa barreira psicológica. Fechou a semana com queda de 4,46%, maior desde março de 2016. Ações de estatais saltaram quase 30% no acumulado da semana, evidenciando a motivação político-eleitoral.
Pressão empresarial
Sucessivas iniciativas de empresários de defender a candidatura de Jair Bolsonaro (PSL) para seus empregados gerou acusações de coação. O mais visado foi Luciano Hang, presidente da rede de lojas Havan, mas conforme o Ministério Público do Trabalho no Estado (MPT-RS), houve ao menos 17 denúncias de coação.
Vozes de alerta
Diante da adesão do mercado financeiro e do mundo dos negócios a Jair Bolsonaro, o empresário Ricardo Semler, da escola Lumiar, fez um apelo a empresários para que não votassem com "pavor". O economista Paulo Leme, ex-diretor da Goldman Sachs no Brasil, advertiu que estariam "grosseiramente subestimando riscos futuros" relacionados ao candidato do PSL.