Depois da ameaça de Donald Trump, na semana passada, de levar até US$ 267 bilhões o valor das exportações chinesas submetidas a tarifas adicionais para entrar nos Estados Unidos, a China também subiu o tom. Ontem, o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores afirmou que o país “tomará medidas corretivas para salvaguardar seus direitos legítimos e interesses” caso Trump faça de fato o que anunciou. Até agora, é bom lembrar, sempre o fez.
A escalada da guerra comercial entre os dois países é o segundo motivo de estresse nos mercados mundiais, ao lado da crise dos emergentes. A China já chamou de “maior guerra comercial da história”, mas até agora o recorde segue com a desatada pela Grande Recessão, nos anos 1930. Com a economia americana em derretimento e contagiando outros países – o episódio da queima de café no Brasil é dessa época – o comércio mundial afundou 25%.