A coluna pede desculpas a quem já sabe, mas não resistiu a compartilhar o que viu e ainda é novidade para muitos: três décadas depois de inspirar a América Latina, o Puerto Madero, em Buenos Aires, encara sua terceira fase. A primeira foi a restauração, aluguel e venda dos armazéns do antigo porto, a segunda, o conjunto de arranha-céus erguido a partir de 2003.
Agora, a mesma empresa – para lembrar, formada por Nación (governo federal) e Cidade Autônoma de Buenos Aires – pôs em obras o Paseo del Bajo, corredor de 7,1 quilômetros que conectará duas autoestradas – Illia e Buenos Aires-La Plata.
Terá quatro pistas exclusivas para caminhões e ônibus interurbanos e oito para veículos leves. A intenção é dar circulação mais rápida a pesados e um entorno melhor ao metro cúbico considerado o mais caro da América Latina (acima de US$ 7 mil). Será criada área verde equivalente a seis quadras. A maior parte dos US$ 650 milhões foi financiado pelo Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF, que manteve a sigla mas mudou de nome), mas as duas esferas públicas entram com recursos. A intenção é entregar a obra em 2019. E quem recorreu ao FMI foi a Argentina.