Com o avanço das negociações com o sindicato dos trabalhadores no comércio, Passo Fundo deve receber uma loja da rede catarinense até outubro, disse nesta quinta-feira à coluna Luciano Hang, presidente da empresa. A unidade será construída em quatro meses, segundo Hang, na RS-135, saída norte da cidade, perto do Stock Center, da Comercial Zaffari. Terá cerca de 7 mil metros quadrados, com investimento entre R$ 30 milhões e
R$ 40 milhões, e vai gerar 150 empregos. Apenas o gerente virá de fora da cidade. Todos os demais funcionários devem ser contratados na região.
– Vou investir muito no Estado, mas preciso dar o pontapé inicial. Aí segue o barco. A maior trava que estou sentindo é a insensibilidade dos sindicatos de ver que o país está com 14 milhões de desempregados, pessoas que querem e precisam trabalhar. Não vejo resistência em nenhuma parte do Brasil para esse tipo de trabalho. É só aqui – comentou Hang.
O que tem travado a instalação é a exigência da Havan de que as lojas abram em sábados, domingos e feriados. Como em alguns municípios os sindicatos não aceitam trabalhar nesses dias, é preciso fazer uma negociação para tentar alcançar um acordo. A de Passo Fundo é a mais adiantada, mas em Caxias do Sul ocorre o mesmo processo de tratativas. As duas lojas são semelhantes.
– A primeira filial no Estado vai abrir as portas para que a gente venha com mala e cuia – afirmou o empresário.
Mala, cuia e estátua? Sim, as duas lojas previstas para este ano terão as réplicas do símbolo da Liberdade doado pela França aos Estados Unidos, de 35 metros de altura, que acompanham suas megalojas. Hang relata que compradores de terrenos da Havan mapearam 20 cidades no Rio Grande do Sul para receber unidades da rede depois da romaria de prefeitos gaúchos a Brusque, sede da empresa. Vários procuram Hang para oferecer seus municípios para receber investimento.
– Tenho de agradecer às pessoas, sindicatos, entidades de classe. A Havan anda com velocidade. Entre setembro e dezembro, vamos abrir de duas a três lojas por mês no Brasil. Consigo trazer obras para o RS com velocidade muito grande. Em janeiro, quando o governador nos recebeu, tínhamos 107 lojas. Hoje, temos 111. E outras dez obras iniciadas. O ano vai acabar com ao menos 120 lojas.