Na Argentina, o dólar abriu em ligeira baixa, de 0,36% nesta segunda-feira (7). Conforme o jornal Clarín, a cotação média pela manhã é de 22,20 pesos. É um pequeno alívio diante das preocupações de contágio despertadas pelas medidas extremas que o governo Macri tomou na semana passada para tentar frear a disparada da moeda americana em seu país.
Na sexta-feira, em busca de tranquilização de investidores estrangeiros e de argentinos que costumam fazer negócios e manter poupança em dólar, o governo da Argentina anunciou corte de despesas de 30 bilhões de pesos e elevou o juro básico para 40% ao ano, a mais alta do mundo neste momento.
Como a disparada do dólar na Argentina exigiu medidas claramente recessivas, como alta de dólar e corte de despesas, há preocupação com redução de negócios com o Brasil. Por aqui, o câmbio sobe 0,7% na manhã desta segunda-feira (7).
Perto do meio-dia, era cotado outra vez em R$ 3,55, o nível mais alto desde a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos, em dezembro de 2016. Na época, o discurso duro de "America firts" (primeiro os EUA) defesa do protecionista de Trump – na época, eram apenas palavras – elevou a percepção de risco e fez a moeda dos EUA se valorizar.
Desta vez, são as práticas protecionistas do presidente americano, especialmente a disputa com a China, e os sinais de crescimento acima do previsto da economia de seu país, que fazem o dólar subir frente a várias moedas, entre as quais peso argentino e real.