A 6ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado (TJ-RS) decidiu no início desta tarde por unanimidade permitir a retomada da assembleia de credores da Ecovix. Conforme o advogado da empresa, Rodrigo Tellechea, o próximo passo é a remarcação da reunião, que caberá à juíza de primeira instância de Rio Grande.
O plano que será submetido aos credores é a criação de uma Unidade Produtiva Isolada (UPI), que reunirá os ativos da Ecovix, e a emissão de debêntures (títulos de dívida privada) no mesmo valor, de R$ 3,6 bilhões. Embora os atuais executivos responsáveis falem em "retomada" das atividades em Rio Grande a partir da decisão, para isso se concretizar ainda é preciso que uma série de fatores se combinem para permitir, de fato, a nova fase do polo naval.
A Ecovix está em recuperação judicial desde dezembro de 2016, com dívida de R$ 7,6 bilhões. O maior ativo da empresa é o maior dique seco da América do Sul, construído para montagem de plataformas, atividade que tem pouco futuro na nova modelagem das encomendas da Petrobras.