O CEO global de uma empresa que vende US$ 3,5 bilhões ao ano percorreu ontem os shoppings de Porto Alegre. Ramesh Tainwala, principal executivo da Samsonite, relatou à coluna que a rede será montada em franquia com parceiros locais. Pelo que sabe até agora do Rio Grande do Sul – é sua primeira visita ao Estado –, prevê ao menos 10 lojas. E a grife de malas tem pressa: quer abrir lojas dentro de um mês.
– Demoramos muito para entrar no Brasil. Chegamos em momento difícil (2014), com visão de longo prazo. Pensamos nos próximos 100 anos. Quando todos queriam estar aqui, os aluguéis eram caros. No momento duro, encontramos preços melhores – diz.
O executivo atribui a demora ao fato de a divisão América Latina estar ligada à da América do Norte. O Sul ficou esquecido, mas agora mudou.
– Estamos aqui nesses dias para aprender e entender a cultura local – detalha, acrescentando que imagem do "gosto europeu" dos gaúchos é um atrativo.
Nascido em uma pequena vila rural da Índia, Tainwala diz que seu sonho é ser fazendeiro. Enquanto não realiza, tem uma fundação dedicada a plantar árvores, onde aplica boa parte de seu dinheiro. No negócio de bagagens – além da Samsonite, o grupo tem uma dezena de marcas –, o desafio é leveza. A empresa aplica US$ 100 milhões anuais em pesquisa e desenvolvimento. Um dos projetos é permitir a comunicação via internet do passageiro com sua mala.