No Dia do Trabalho, convém olhar dados efetivos do avanço da inteligência artificial nas linhas de produção. Conforme dados da Federação Internacional de Robótica (IFR, na sigla em inglês) compilados pelo Statista, portal de estatísticas e inteligência de negócios, a média mundial da proporção de robôs para cada 10 mil empregados em indústrias de manufatura subiu de 66, em 2017, para 74 em 2016. Se tiver crescido na mesma velocidade no ano passado – cenário conservador, dado o ritmo da tecnologia –, a média seria de 83. A densidade chega a 99 na Europa, 84 nas Américas e 63 na Ásia. Nenhum país chega perto da líder, Coreia do Sul, com suas 631 máquinas pensantes a cada 10 mil trabalhadores.
Por lá, estão concentrados em eletrônicos. A segunda colocada, Cingapura, com ainda maior restrição populacional, tem 488 – 90% dos quais alocados na indústria eletroeletrônica.
Um dos principais fornecedores de robôs do planeta, que vende 52% dos equipamentos para os demais países, o Japão, é o quarto país mais robotizado. O Statista não capturou, mas a coluna checou com a IFR: o Brasil aparece em 39ª posição no ranking de 2016, com 10 equipamentos com inteligência artificial a cada 10 mil operários. Dado o desempenho do Brasil em avaliações de negócios – o país costuma aparecer depois do 50º –, é surpreendente.