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A CEEE-D conseguiu parar o cronômetro da intervenção pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) com a transferência da propriedade do terreno da sede administrativa da empresa, em Porto Alegre, para sua "irmã" CEEE-GT. A empresa de distribuição, que renovou seu contrato de concessão em janeiro de 2016 em modo "condicionado", como deixou claro seu presidente, Paulo de Tarso Pinheiro Machado, poderia perdê-l caso apresentasse resultado negativo no indicador de geração de caixa por dois anos consecutivos.
A "venda" do terreno, por R$ 283 milhões, entrou na rubrica "outras receitas" e foi a maior componente do resultado positivo no indicador mais crítico da companhia nesse momento, ajudada pela redução de 32% nas despesas operacionais (cerca de R$ 360 milhões). Mesmo com esses dois componentes – um que não se repete, outro que representa melhora permanente –, a CEEE-D ainda teve prejuízo na última linha. O resultado final foi R$ 87,5 milhões de perda.
– Nosso objetivo estratégico é eliminar o conflito com o contrato de concessão. Estabelecemos foco nas condições da renovação do contrato de concessão, que nos primeiros cinco anos é condicionada, uma espécie de estágio probatório. Como não temos perspectiva de aporte, precisamos foco maior nessa questão – detalhou
Pinheiro Machado.
Conforme o presidente, a transferência do terreno foi feita com anuência da Aneel. Também destacou, entre os motivos da redução do custo operacional, a diminuição de pessoal, de 4,2 mil para 3,5 mil funcionários – outro ponto de desequilíbrio sempre mencionado pela agência reguladora.
– A CEEE é um paciente que ainda inspira cuidados – observou Pinheiro Machado.