A saída da plataforma P-74 do estaleiro EBR, em São José do Norte, nesta sexta-feira (23), aumenta o sentimento de agonia no polo naval do sul do Estado. Com a conclusão dos trabalhos, a estrutura deixa o Rio Grande do Sul rumo à Bacia de Santos (SP). O desalento na região é fruto da falta de novas encomendas no horizonte.
– Não há cronograma de novas contratações. A política da Petrobras não é mais construir suas plataformas no país e, sim, buscar empresas internacionais – frisa o vice-reitor da Universidade Federal do Rio Grande (Furg), Danilo Giroldo, presidente do Arranjo Produtivo Local (APL) do Polo Naval e de Energia.
Hoje, cerca de 160 funcionários permanecem no estaleiro EBR, estima o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Rio Grande e São José do Norte, Sadi Machado. Em 2017, afirma o representante, o número de empregados chegou a 3,2 mil.
– Deveríamos estar comemorando a entrega de mais uma encomenda, mas vemos a saída da P-74 com tristeza – declara Machado.