Ao anunciar os resultados de 2017, a Gerdau informou na manhã desta quarta-feira (28) que nos últimos quatro anos atingiu R$ 6,3 bilhões em desinvestimentos – negócios vendidos pelo grupo siderúrgico no Brasil e no mundo. A reestruturação, combinada aos primeiros sinais de reação e a bons negócios na América do Norte, ajudou a melhorar as indicadores financeiros da empresa, que fechou o ano passado com R$ 37 bilhões de receita líquida consolidada. O valor embute uma redução de 2% em relação ao ano anterior, provocada pela diminuição de 4% nas vendas.
Apesar disso, o lucro líquido ajustado da companhia passou de R$ 91 milhões em 2016 para R$ 522 milhões em 2017. No quarto trimestre de 2017, o grupo siderúrgico reduziu o prejuízo em 55%, para R$ 1,38 bilhão. A empresa fez uma forte atualização no valor dos ativos (impairment) na América do Norte, de R$ 1,12 bilhão.
Pela primeira vez nos mais de cem anos do grupo fundado em Porto Alegre, a apresentação dos resultados foi comandada por um executivo e sem a presença de um integrante da família Gerdau Johannpeter. No ano passado, foi comunicada a saída dos herdeiros dos postos mais altos de comando. André Gerdau Johannpeter ficou apenas na presidência do conselho e deu lugar, na presidência executiva, a Gustavo Werneck.
Em tom de voz animado, Werneck afirmou que conta com a recuperação dos mercados da construção civil – um dos mais importantes para a empresa –, mas enquanto isso não acontecer, a empresa segue apostando nas exportações e na redução de despesas para melhorar o resultado.