Além dos R$ 55 milhões investidos na "reinvenção" das lojas do Rio Grande do Sul neste ano – os antigos Big de Cachoeirinha e da Avenida Sertório, em Porto Alegre, além do Nacional de Guaíba (na imagem acima, como ficarão os Walmart Supermercados) –, o Walmart reservou R$ 150 milhões para 2018 só no Estado. O valor será aplicado na reformulação de 10 a 15 hipermercados e supermercados em Porto Alegre e no Interior. Uma das lojas que está nessa conta é a do BarraShoppingSul. A unidade, admite Bernardo Perloiro, vice-presidente da maior empregadora do mundo, vai encolher.
O executivo explica que um dos objetivos das mudanças é levar os clientes de volta aos hipermercados. Para isso, o tamanho ideal está ao redor de 7,5 mil metros quadrados. A unidade do Barra tem 10 mil. A coluna, claro, perguntou a Perloiro sobre os insistentes boatos sobre a saída da empresa do shopping da zona sul de Porto Alegre.
– Você acha que quem investe R$ 1,5 bilhão no Brasil está pensando em sair? – devolveu, referindo-se ao valor total que o Walmart previu para o país a partir de 2016.
O valor, que era de R$ 1 bilhão até este ano, foi abastecido de mais R$ 500 milhões há poucos meses. Perloiro disse à coluna que, nas três lojas já "reinventadas", o movimento subiu 15%. Além de mostrar que o caminho está certo, diz Perloiro, o aumento leva a contratar. No Estado, o Walmart já emprega 13,5 mil pessoas. Se o efeito se confirmar por aqui, pode aumentar o quadro em até 10%, conforme o executivo.
Na reforma, muita atenção à área de perecíveis. O executivo assegura que produtos vencidos serão ainda mais “inadmissíveis”. Em três ou quatro anos, marcas como Big, Nacional e Mercadorama (no Paraná) vão desaparecer. A empresa terá apenas os nomes Walmart, para hipermercados, e Walmart Supermercados, para as lojas menores. Serão mantidas Todo Dia, MaxxiAtacado e Sam's Club, além dos postos e farmácias do grupo no país.