Mesmo com alguns indícios de retomada na economia antes do novo terremoto político, os impactos da recessão ainda estão nas gôndolas dos supermercados. Em abril, os estabelecimentos tiveram recorde de produtos em falta no país, aponta pesquisa das consultorias NeoGrid e Nielsen.
Para chegar ao resultado, o levantamento usou um indicador chamado ruptura. No mês passado, o índice, que mede a falta de itens nos estabelecimentos, chegou a 13,93%, o maior patamar desde 2015.
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Enxugamento nos estoques, queda na produção de fornecedores e mudanças no comportamento dos consumidores, que passaram a buscar mais promoções, estão entre os fatores responsáveis pelo resultado, conforme o diretor de relacionamento com o varejo da NeoGrid, Robson Munhoz.
Conforme o especialista, as empresas de manufatura reduziram a fabricação de alguns produtos, o que afetou o prazo de entrega ao varejo e resultou na falta de determinados itens. A busca por ofertas, por parte dos clientes, dificultou as previsões para manter as opções nas gôndolas. Também houve troca nos produtos considerados líderes por itens mais baratos, que não tinham demanda prevista pelo varejo e acabaram faltando.