No dia seguinte ao das revelações do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, sobre novas gravações que envolvem seus auxiliares e "agentes" do Supremo Tribunal Federal (STF), a bolsa abriu em alta significativa, de 1,24%.
Analistas atribuem o desempenho, que beneficia duas das estatais envolvidas em investigações, Petrobras e Eletrobras, a uma "flechada no pé" de Janot, uma referência à frase usada pelo procurador-geral em julho – "enquanto houver bambu, vai ter flecha". Em contraste, as ações mais negociadas da JBS recuam, embora pouco para o efeito ao dia seguinte da delação. No início da manhã, perdem 0,69%.
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O comprometimento das provas que sustentaram a primeira denúncia contra o presidente Michel Temer é o que está no radar dos investidores. Ainda sob os primeiros impactos do vazamento das gravações, supostamente acidentais, a avaliação no mercado financeiro é de que uma eventual segunda denúncia contra Temer, que adiaria a votação de reformas no Congresso, fica mais distante depois do episódio.