De longe, ao começar a travessia de Rio Grande para São José do Norte, pela lancha que faz o trajeto a cada 30 minutos, é possível avistar o prédio imponente que destoa do casario antigo predominante no município. É uma espécie de monumento que simboliza a euforia que se transformou em decepção na zona sul do Estado com as dúvidas que cercam a sobrevivência do polo naval.
A pouco mais de cem metros do estaleiro EBR, em São José do Norte, o hotel da bandeira Swan com 180 apartamentos, que começou a ser construído em 2014, está com as obras paralisadas. A parte civil está concluída. Para que abrisse, faltaria o investimento em mobília. Mas a demanda prometida não veio.
O EBR largaria com duas plataformas. Tem só uma no estaleiro, e, por enquanto, não há perspectiva de nova encomenda.
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A diretora operacional do Grupo Swan Hotéis, Gabriela Schwan Poltronieri, confirma que a rede aguarda definições na economia local para dar andamento ao projeto. Por enquanto, resta esperar. O projeto previa estrutura enxuta de serviços, para hóspedes com longos prazos de permanência.
O secretário-geral de governo de São José do Norte, Luiz Carlos Costa, ainda mostra esperança de que a indústria naval prossiga na cidade, e o hotel seja concluído, gerando mais empregos.
– Se for necessário, está aí e será usado – resigna-se.
*Interino