O dólar convidativo e o aumento das exportações em junho em comparação tanto a maio quanto ante o mesmo mês do ano passado não foram suficientes para o Rio Grande do Sul fechar o primeiro semestre de 2016 com um bom desempenho nas vendas para o Exterior. Na metade inicial do ano, o Estado embarcou o equivalente a US$ 7,69 bilhões, 4,5% abaixo de período equivalente do ano passado, mostram as estatísticas do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic).
Em dólares, foi ainda o pior primeiro semestre em receita de exportação desde 2010, embora o valor, se convertido em reais, não seja nada desprezível em razão da cotação da moeda americana bem acima dos anos anteriores. Junho, de forma isolada, teve a melhor receita mensal do ano.
Os US$ 1,8 bilhão exportados pelo Estado foram 1,4% superiores a maio e 4,6% a mais em relação a igual mês de 2015.
Sem qualquer novidade, a estrela dos embarques do Rio Grande do Sul no semestre foi a soja. O volume, recorde, alcançou 5,13 milhões de toneladas, um pequeno avanço de 3,1% em relação aos seis primeiros meses de 2015. A receita com os embarques do grão, porém, ficou estável em US$ 1,9 bilhão.
O setor de carnes, também com grande peso na pauta gaúcha, melhorou o desempenho tanto em receita (3,1%) quanto em volume (18%). As 489 mil toneladas embarcadas renderam faturamento de US$ 800 milhões. Ganhando importância a partir da ampliação da unidade da Celulose Riograndense, inaugurada em maio do ano passado, a celulose começa a abrir espaço entre os principais produtos exportados pelo Rio Grande do Sul. No primeiro semestre de 2016, foram US$ 321,3 milhões, montante oito vezes e meio superior aos seis meses iniciais de 2015.
Com a economia claudicante e o dólar desestimulando as importações, o saldo da balança do Estado no primeiro semestre ficou positivo em US$ 4,03 bilhões, 17% do resultado do país no período.
*Interino da coluna +Economia. A titular, Marta Sfredo, está em viagem.