Com 1,5 milhão de vagas fechadas no Brasil e 95 mil no Estado em 2015, o pior fantasma da crise começa a ganhar contornos de realidade. Sucessivos períodos de dificuldade ao redor do mundo geraram filmes reflexivos, engraçados e motivadores sobre o desemprego.
Confira alguns em que é possível aprender como reagir à situação – e o que é melhor evitar.
Dois Dias, Uma Noite (2014)
O título do filme é o tempo que a protagonista Sandra (Marion Cotillard) tem para reaver sua vaga, cortada para ter os recursos aplicados em bônus para os que serão mantidos. Ela e o marido passam a visitar os colegas de trabalho e convencê-los a abrir mão do bônus.
A Grande Virada (2010)
Três colegas de trabalho passam por uma experiência de enxugamento de vagas, tão habitual nos EUA. A mudança faz com que tenham de redefinir suas vidas, como maridos e pais de família. É uma colagem de diferentes reações na hora da demissão, do desespero à proatividade, com chance de aprendizado.
O Corte (2005)
Uma comédia de humor negro de Costa-Gavras sobre o desespero de quem é demitido e obrigado a disputar uma vaga em mercado apertado. Um engenheiro é demitido em um processo de reestruturação originado de fusão. Na disputa por uma recolocação, ele passa a eliminar – literalmente – os concorrentes à mesma vaga.
O Closet (2002)
Diante da iminência de perder o emprego, o que culminaria uma fase particularmente difícil, o protagonista vivido por Daniel Auteuil insinua que a empresa, uma fábrica de camisinhas, não pode demiti-lo por que seria alvo de campanha de boicote do movimento gay. Zoa do politicamente correto aplicado da forma errada.
Segundas-feiras ao Sol (2002)
Filme que deveria ser visto com atenção nesse momento do Brasil: Vigo, uma cidade costeira no norte da Espanha sofre com o fechamento de estaleiros e o desemprego que espalha. O protagonista é um Javier Bardem antes de Onde os Fracos não Têm Vez, rebelde e autossuficiente que se recusa a admitir o fracasso.
Ou Tudo ou Nada (1997)
Outro que tem ecos brasileiros: a indústria siderúrgica entra em crise e gera uma legião de desempregados. Um grupo une duas tendências da época: a necessidade de sobrevivência e a moda dos shows de striptease masculino, mas como não têm o físico ideal, querem ir até o fim, tirando toda a roupa. Como estão longe do "perfil", não fazem sem conflitos e desistências.