Estava em Erechim na primeira semana após o falecimento do meu pai. Ajudava minha mãe com as minúcias do novo cotidiano e com a dificuldade radical: como ela teria que inventar um outro modo de viver. Não existe verdadeira elaboração do luto. A perda deixa um vazio irremediável. O que conseguimos é aprender a contornar o buraco que se abriu. Muitas vezes readquirindo o gosto pela existência, mas nunca sem muito sofrimento.
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