A frustração do torcedor colorado ficou visível e foi compreensivo ao final do jogo que terminou empatado entre Inter e Nacional, no Beira-Rio, pela Libertadores. Em duas oportunidades, o time ficou à frente do placar, mas acabou cedendo o empate. A maioria das críticas direcionou-se à defesa colorada, principalmente na figura de Keiller. No entanto, há outro ponto a ser analisado também.
Keiller pode realmente ser mais decisivo no Inter. O curioso é que faz uma semana que ele se tornou herói na classificação colorada na Copa do Brasil contra o CSA, pegando dois pênaltis. O goleiro vem passando insegurança, mas a inoperância do ataque também colabora para a zaga ser culpada.
Pode ser uma incapacidade de Mano Menezes de organizar um time para vencer com uma margem maior no placar, mas também existe um problema dos atacantes do Inter, que custam para fazer gols. Dos últimos 10 jogos, a equipe fez 13 gols, sendo que apenas dois foram de atletas do ataque: Wanderson (Fortaleza) e Alexandre Alemão (Metropolitanos).
O restante dos gols está concentrado em Alan Patrick, Maurício e Carlos De Pena, todos jogadores de meio-campo. Soma-se a isto as longas secas de gols de Pedro Henrique e Luiz Adriano. O primeiro já não marca há 11 partidas, enquanto o centroavante passou agora nove jogos seguidos sem anotar.
A última vez que o Inter venceu um jogo com folga no placar foi no dia 11 de março, na última rodada da primeira fase do Gauchão, quando fez 4 a 1 no Esportivo. As vitórias, desde então, têm sido no limite do marcador, senão há a lamentação do empate ou da derrota.
Se Keiller tem sua parcela de culpa, e pode-se incluir aqui o baixo rendimento de Vitão contra o Nacional, a falta de contundência do ataque do Inter acaba contribuindo para tropeços como o dessa quarta-feira (3).