E lá estava um treinador promissor, com títulos internacionais importantes e um trabalho elogiável realizado no Equador. O Inter não teve dúvidas em apostar neste técnico estrangeiro para trazer uma nova ideia de futebol para o Beira-Rio. Não, não estamos falando de Miguel Ángel Ramírez, que está próximo de um acerto com o clube. A história é bastante parecida com a de Jorge Fossati, contratado há 11 anos.
O ano do centenário do Inter, em 2009, foi marcado pelas conquistas do Gauchão e da Copa Suruga, mas também com campanhas importantes em âmbito nacional, chegando ao vice-campeonato do Brasileirão e da Copa do Brasil. Tite iniciou a temporada, sendo substituído por Mário Sérgio.
Com o ano encerrado, o então presidente Vitorio Piffero e o vice de futebol Fernando Carvalho, além de toda a diretoria colorada, resolveram buscar no Exterior o novo comandante do clube para 2010. Mas o nome do uruguaio Jorge Fossati não apareceu de uma hora para outra. O Inter, campeão da Sul-Americana de 2008, disputou a Recopa contra a LDU, campeã da Libertadores um ano antes também.
Com muita superioridade, a LDU de Fossati venceu os dois jogos. Primeiramente, vitória por 1 a 0 em pleno Beira-Rio. Depois, em Quito, uma goleada contundente de 3 a 0.
Além disso, naquela temporada, o time equatoriano levou a taça da Copa Sul-Americana sobre outro clube brasileiro: o Fluminense. Novo placar elástico no Equador (5 a 1) e, mesmo com derrota por 3 a 0 no Maracanã, sagrou-se campeão.
Jorge Fossati foi buscado no Equador pelo Inter e apresentado oficialmente no dia 14 de dezembro de 2009. Na casamata colorada, entre um cigarro e outro (ele era fumante), foram 33 partidas , com 18 vitórias, seis empates e nove derrotas, o que representa um aproveitamento de 60,6%.
O cenário é bastante parecido com o atual, tendo em vista o encaminhamento do Inter com o treinador campeão da Sul-Americana pelo Independiente del Valle, também de Quito, no Equador.
A diferença é que Fossati, além de ser cerca de 20 anos mais velho do que Miguel Ángel Ramírez quando veio a Porto Alegre, já tinha passagens por outros clubes. Ou seja, a experiência era maior.
Certamente Ramírez vai comandar, com folga, o maior clube de sua carreira.