Sou um entusiasta das SAF’s no futebol brasileiro. Não pelo fato de que, em tese, elas despejam dinheiro ou “congelam” os passivos dos clubes. Mas, sim, pela ideia de profissionalização.
Não dá para negar que, na média, elas melhoraram os clubes no Brasil.
Vide Bahia, Botafogo, Cruzeiro e Fortaleza, este ainda no modelo associativo, mas pronto para virar e já com um presidente profissional.
A tabela do Brasileirão deste ano escancara a realidade desde novo modelo de negócio. O G-6 do campeonato tem o São Paulo ao lado dos milionários Flamengo e Palmeiras.
A outra metade é de clubes SAF’s. E há outros que estão próximos e com potencial de chegada. Não tenho nenhuma dúvida de que os clubes gaúchos precisam observar isso com atenção.
No outro lado da moeda, está a disparidade de investimento destes clubes.
A Comissão Nacional de Clubes iniciou um debate para a implementação do fair play no futebol brasileiro. Os movimentos da última janela de transferências e as instituições futebolísticas que estão devendo — e não estão pagando — aceleraram o debate sobre o tema.
O fato é que as SAF’s e suas possibilidades de investimentos mostram uma nova realidade do futebol brasileiro. Ou os clubes entendem isso, ou ficarão para trás.