Não, o Grêmio não foi roubado. Não houve prejuízo, ou se preferir, o resultado não passou pela arbitragem. Aliás, avaliar arbitragem somente pelos lances polêmicos em qualquer partida, me dá preguiça.
O Bahia foi muito melhor do que o Grêmio, venceu todos os duelos no meio-campo, onde encontrou muitos espaços e, pelo lado direito, onde atacou a noite toda. Soteldo, inclusive, parece ter perdido a titularidade.
Foi um jogaço em Salvador. Os dois goleiros trabalharam muito, o do Grêmio mais. Teve bola na trave e um primeiro tempo com apenas cinco faltas marcadas.
Mas então, onde o árbitro aparece? Minha reposta é: na condução do jogo. Esse é o problema mais grave da arbitragem brasileira, o aspecto disciplinar. Árbitros erram, não marcam pênaltis, não expulsam. Isso sempre vai existir.
Mas nosso debate precisar estar no preparo dos profissionais. A primeira coisa é achar um padrão. O jogo será apitado com menos faltas? Qualquer contato não será considerada infração? Vamos seguir o modelo inglês? Seria um ideal.
O final do jogo foi de um Bráulio da Silva Machado atrapalhado. Muitas faltas não marcadas e muitos cartões aplicados. O árbitro encontrou uma forma de chamar o jogo para si. Irritou os jogadores dos dois times — os do Grêmio mais, por óbvio, afinal perdiam a partida.
Insisto. O debate sobre arbitragem precisa ser estabelecido sobre a condução, não apenas nos eventuais lances polêmicos.
Mas a atitude de Renato é desproporcional. Tirar os jogadores do banco é inconcebível no futebol profissional. Errou. Errou mais que o árbitro da partida.