A confirmação de Carlo Ancelotti no Real Madrid foi mais um triste capítulo da maior crise institucional da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Embora ele nunca tenha dito que viria ou sequer dado pistas, havia uma convicção por parte do então presidente da entidade. Ednaldo não mentiu, mas errou feio quando considerou isso. A Seleção Brasileira perdeu, agora de forma oficial, o plano A para a sequência do trabalho. Mas quem é a Seleção Brasileira afinal de contas? O técnico é interino, o presidente está afastado do cargo e não há um diretor para comandar os processos.
Ao longo de 2023, a Seleção acumulou fracassos em campo. Perdeu mais do que ganhou e despencou na classificação das Eliminatórias. Pior do que isso, ela nunca conseguiu avaliar as razões dos resultados ruins porque não há ninguém para fazer isso. Se fala muito em ciclo de Copa, mas não profissionais para pensar nisso. A Seleção Brasileira é uma terra sem nada, completamente vazia. Há ótimos profissionais disponíveis que poderiam auxiliar no processo. Leonardo, com passagens por Milan e PSG, é um exemplo.
Eu manteria Fernando Diniz no comando técnico, desde que a dedicação seja exclusiva. Daria a ele tempo, condições e perspectiva de trabalho. Mas antes dele é necessário uma estrutura na Seleção. Antes do técnico é preciso entender quem é a Seleção Brasileira.